Antecipadamente, o cirurgião plástico Hosmany Ramos, 79, foi detido em flagrante nesta quarta-feira (1º) em Santa Catarina, acusado de tentativa de homicídio. O incidente ocorreu em um bairro de classe alta de Itajaí, onde Ramos teria disparado um tiro que atingiu de raspão a cabeça de um homem.
Posteriormente, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, atendendo a um pedido da Polícia Civil local, que está investigando o caso. Estes eventos reavivam a memória dos crimes anteriores de Ramos, que já passou mais de 35 anos detido por homicídio, sequestro e assaltos, todos ocorridos na década de 1970.
Apesar disso, Ramos estava em liberdade desde 2016, após o cumprimento integral da pena, em virtude de sua idade avançada e do cumprimento de mais de um terço da sentença. No entanto, desde fevereiro de 2023, ele estava sob investigação por suspeitas de furto de um celular.
Nesse sentido, antes de sua primeira prisão, Ramos era uma figura conhecida na alta sociedade carioca, tendo trabalhado na equipe do renomado cirurgião Ivo Pitanguy. Ele foi condenado pelo roubo de aviões e pela morte a tiros e pauladas de seu cúmplice, o piloto Joel Avon, em um hotel na cidade de Itapacerica da Serra (SP), para evitar que este revelasse os crimes cometidos pela dupla à Justiça.
No entanto, Ramos tentou fugir da prisão mais de dez vezes, chegando a trancar quatro agentes em uma cela da superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro em uma dessas tentativas. Após diversas tentativas frustradas, ele conseguiu escapar da prisão em 2008, durante uma saída temporária de Natal.
No entanto, pouco tempo depois, ele foi preso novamente, desta vez em Reikjavik, na Islândia, tentando entrar no país com um passaporte falso em nome de seu irmão. Ramos foi condenado a 15 dias de prisão no país e teve sua pena estendida a pedido do governo brasileiro.
Durante sua permanência na prisão, Ramos realizou diversas cirurgias plásticas, removendo tatuagens de presidiários e tratando de lesões. Além disso, dedicou-se à literatura, escrevendo mais de 20 livros.
Após sua última libertação da prisão, em 2018, Ramos lançou sua candidatura a deputado federal por São Paulo pelo partido Avante. Entretanto, sua candidatura foi barrada pela Justiça Federal com base em processos de condenação. Durante sua breve campanha, ele defendeu a legalização de cassinos e da maconha.
Estes recentes eventos ressuscitam a memória dos crimes e da conturbada história do cirurgião plástico, destacando os desafios enfrentados pela sociedade e pelas autoridades no enfrentamento do crime e na busca pela justiça. Leiam também: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2024/05/03/hosmany-ramos-cirurgiao-que-passou-35-anos-na-cadeia-e-preso-novamente-em-sc.htm
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